E afinal, estar no topo, para mim, não é ser a melhor, mas, ao contrário, aceitar-se com seu defeitos e falhas e gostar de si mesma, apesar dos seus “bichos”. Porque não existe mulher perfeita, ou, metaforicamente falando, não existe maçã sem bicho. Todas temos alguma “minhoquinha” por dentro. Essa é a mulher do topo, a que sabe se amar apesar dos “podres”, que tem, a que não tem atitudes de vaidade, egoísmo ou arrogância. A que aceita seus medos, inseguranças, necessidades e que não usa disfarces ou escudos para ocultar as carências que incomodam e fazem sofrer. Sim. Mulher do topo também tem carência, também sofre. Mas não vive lá em cima, presa no galho mais alto, soberbamente esperando que o “melhor” homem tenha a coragem de subir para colhê-la.
A mulher do topo sabe viver sem atribuir sua felicidade a ninguém, nem mesmo ao melhor homem.
A mulher do topo é uma mulher/maçã inteira. Se responsabiliza por si mesma e pelo que acontece em sua vida tiva. Sabe o que quer de um relacionamento e não considera o amor como uma procura ou uma espera incessante. Sabe compartilhar seus sentimentos e sabe ser feliz consigo mesma, esteja no topo ou no chão.
Aliás, as melhores mulheres, quando vão ao chão (porque isso acontece com todo mundo, vez ou outra), sabem se levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima.
Elas não precisam esperar até que o homem certo ou valente o bastante para escalar até o topo da árvore apareça. E quando, e se ele aparecer, ele vai amá-la mesmo que ela não esteja exatamente no topo, mesmo com suas imperfeições, mesmo com seus “bichos”. E se ele não aparecer, não há nada que se possa fazer. Mas ainda as , elas vão estar em paz consigo mesmas.
( Machado de Assis)
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